sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Crochetando

Comecei este ano com mil ideias e o dobro de vontades. Mas o ano também tinha seu roteiro com vários acontecimentos e notícias. Algumas boas e outras tristes...
Acabei tendo que reconstruir meus planos, pedacinho por pedacinho.
Nesse tempo de silêncio e reflexão, o crochê tem sido um grande companheiro.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Pequenos detalhes


Ontem fui até uma feira de artesanato de proporções gigantescas que se chama Mega Artesanal. É uma feira cheia de armadilhas para aquele nosso lado consumista (pois é.. eu também tenho um lado consumista). As vitrines com materiais de todos os tipos, cores, formas, funções e tamanhos dão coceira nas mãozinhas. Para entrar você tem que enfrentar fila. Para fazer as oficinas você tem que enfrentar fila. Para comer você tem que enfrentar fila. Para ir ao banheiro você tem que enfrentar fila... 
A feira segue (ou dita) uma determinada tendência de mercado. Por exemplo, já teve anos (sim, eu costumo ir todo ano) em que você só encontrava stands com demonstrações de técnicas de biscuit. Neste ano, muito tecido e muito papel, de todas as estampas e em todo tipo de peça, e muitas caixinhas de mdf. E por isso, mesmo sendo gigantesca, a feira acaba sendo repetitiva...
O objetivo é incentivar a venda de materiais, ferramentas e afins... Algumas novidades são realmente úteis, outras são mais uma frescurinha...
Nas edições passadas dessa feira, você saia delas com as mãos carregadas de sacolas promocionais e pequenos brindes como canetas, bloquinhos de anotação e pequenas amostras de materiais. Neste ano esses agradinhos sumiram.
Bom, você deve estar achando que eu odiei o passeio (que dura um dia inteiro... começa às 11h e vai até lá pelas 19h30). Mas a verdade é que eu adorei...
Fora todo esse aspecto comercial e até industrializado que é o que se vê logo de cara e que não tem nada a ver comigo e com o Mãozinha Boa, existem os pequenos detalhes. 
Nas filas, você pode conversar com quem está na frente ou atrás e acabar descobrindo que tem gente de todo o lugar e de todo tipo que gosta de artesanato. Acaba descobrindo suas histórias. E tem cada história...
Nas barracas de pequenos artesãos, você pode observar as pequenas diferenças no jeito que cada um faz seu artesanato. Nas oficinas, pode perceber a maneira de lidar dos oficineiros, que interagem por um espaço de tempo tão pequeno com cada pessoa, mas mesmo assim, alguns conseguem se doar.
Há também, lá no meio disso tudo, gente que batalha pela valorização de um artesanato mais de raiz, mais ligado à cultura popular como no stand com peças da Sutaco e no stand da ONG Brinquedo Vivo.
E fora tudo isso, fora todos esses pequenos detalhes que você tem que prestar atenção para perceber, tem também o fato de você escolher pessoas queridas para te acompanhar. Este ano fui com minha mãe (que já é minha parceira de anos nesta feira e em muito mais) e com a Pampam (que finalmente já tem mais de 12 anos e pode entrar na feira... pois eles não acham que artesanato é coisa de criança...). Se eu não conseguir dominar o mundo com o artesanato, a Pampam vai estar pronta para assumir esta missão em alguns anos.
E é por isso que, mesmo com os pés cansados, voltei para casa muito feliz.






quinta-feira, 13 de junho de 2013

Mãozinha Boa - o retorno

Depois deste longo tempo sem atualizar o blog (quase dois anos e meio), se ainda tiver alguém seguindo vai achar que está vendo fantasma...
O retorno do blog é só um dos reflexos da possibilidade do vulcão do projeto Mãozinha Boa entrar em erupção de novo, depois de tanto tempo sem soltar nem fumacinha.
Para quem não conheceu o projeto, uma breve explicação: Ele começou como quem não quer nada e com uma ideia bem simples: produzir prendas para uma festa junina que arrecadava verba para um projeto social.
Começamos produzindo com os alunos do colégio onde era realizada a tal festa. Depois, também como quem não quer nada, passamos a convidar os familiares dos alunos para participar das aulas de arte, que correspondiam ao período em que eram feitas as prendas. Em pouco tempo, o ateliê estava lotado de gente, doações de materiais, prendas prontas, boa fofoca e principalmente, muito carinho.
A bagunça era grande, mas a felicidade também. Aparecia gente que nunca tinha feito nenhum tipo de artesanato e queria aprender alguma coisa. Aparecia gente com mil ideias e querendo ensinar um pouquinho do que sabia.
Tinha gente que ia sempre e acabou virando amigo do peito.
Nós que organizávamos (Edna, Fabrícia e eu, que sou a Priscila) acabávamos o período exaustas de tão grande que era a movimentação no ateliê. Mas era um cansaço tão bom que só de pensar dá um aperto de saudade...
Este blog nasceu da vontade de repartir um pouco do que acontecia lá com o resto do mundo. E deu certo! Mesmo sem atualizações, o blog recebe muitas visitas e gentis comentários de agradecimento pelos passo a passo que publicamos aqui.

Mas o projeto acabou crescendo demais e começou a incomodar a rotina da escola. Por isso a pausa.

O vulcão se apertou até virar um grãzinho de areia e ficou ali quietinho até que... a saudade veio cutucar de novo e trouxe uma nova ideia: "fazer o projeto fora da escola".

Por enquanto estamos preparando um bom caldo novo para esta proposta de artesanato coletivo e verificando, no esquema boca a boca e internet a internet, se existem mais pessoas com saudades e interessadas em participar. Em breve teremos notícia de ações reais... quem sabe um piquenique regado a arte e artesanato.

Ah! nº1 - Para marcar essa nova fase, remodelamos o nosso logotipo. Antes a mãozinha que mostrava as letras bolinhas da palavra "boa" em sua palma, ficava sobre uma bandeirinha de festa junina. A cara retangular da bandeirinha parecia demais com os muros de uma escola. Como o movimento é de sair para o mundo... a bandeirinha foi substituída por uma forma circular. Nada como uma boa roupa com cheirinho de nova para dar ânimo...

Ah! nº2 - Também fizemos uma página no Facebook. Se você quer participar, entra lá e curte.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Coelhinhos

Aqui em casa andam nascendo muitos coelhinhos. De verdade e de imaginação. Eu explico: estamos na segunda ninhada de mini coelhinhos do casal Luizinho e Sofia (meus coelhos de verdade) e algumas pessoas têm pedido informações sobre as almofadas de coelhinho que postei aqui o ano passado.
A Claudia Oliveira até encomendou um, que ficou pronto esta semana. E como ela está com planos de multiplicar sua criação de coelhos na sua casa, me perguntou se eu poderia publicar o passo a passo.
É um passo a passo enorme (podíamos até chamar de pulo a pulo, como são coelhinhos), mas lá vai ele:
Faça os moldes conforme a figura. Eu gosto de usar EVA, que permite que você grude no tecido com alfinete sem estragar o molde. Mas você pode fazer com o papel que quiser.
Recorte no tecido os seguintes moldes:
- 2 vezes o retângulo de 24x30 - corpo do coelhinho;
- 1 vez o círculo de 24 cm de diâmetro - cabeça do coelhinho;
- 1 vez o círculo de 9 cm de diâmetro - rabinho;
- 4 vezes a orelha de 13 cm;
- 2 vezes a orelha de 8cm (esse deve ser em uma cor diferente da utilizada para o restante);
- 1 vez a tirinha de 10 cm.
Eu gosto de usar o tecido soft, que é bem fofinho e pode ser lavado, mas nada impede experimentos com outros tecidos.
Corte também duas bolinhas pretas para os olhos, um pequeno nariz e um círculo para cobrir um botão.
Coloque a tirinha dobrada na metade do lado de 24 cm do retângulo. Ela formará a alça que prende o botão. Prenda-a com um alfinete.
Junte os dois retângulos, um sobre o outro para costurar o corpo do coelhinho.
Costure a beirada pelo verso, unindo os dois retângulos. Deixe um pedaço sem costurar.

Vire a peça, tirando-a do avesso. Recheie com enchimento acrílico (este pode ser lavado e seca fácil).
Feche a almofada costurando à mão. Use um ponto que fique bem escondido.
Alinhave o círculo que cortou para forrar o botão e feche com um nó.
Prenda o botão na lateral oposta a que tem a alcinha.
Alinhave o círculo de 9 cm nas bordas, formando um fuxico.

Recheie o fuxico com enchimento acrílico e feche.
Costure o rabinho no corpo, na metade de um dos lado mais compridos do retângulo.

Faça um fuxico recheado para a cabeça com o círculo de 24 cm de diâmetro.
Cole duas camadas de orelha com cola quente. Cole também o miolo da orelha e o nariz do coelhinho.
Faça um ponto, unindo as laterias da orelha, para deixá-las mais curvas. Costure as orelhas na cabeça.

Para que o olho fique afundadinho, puxe a linha e prenda com um nó na parte de trás.

Com uma linha escura, faça os detalhes das sobrancelhas, bigodes e divisão da boca.
Costure a cabeça no corpo do coelhinho.
O coelhinho pronto pode ser utilizado como almofada ou como bichinho (é só prender o botão). Qualquer dúvida é só deixar um comentário.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Festa Junina

Muitas mãozinhas boas unidas fazem uma festa... uma festa junina!!!!


O projeto além de produzir as prendas, integrar pais e alunos de várias séries e envolver funcionários do Colégio, também acaba esquentando o clima (e olha que com esse frio estamos precisando muito de um calor humano) para a festa junina.
É neste ano a comissão da festa está a toda, fizeram até um blog para veicular informações.
Festa boa é aquela em que cada preparativo é apreciado, ou melhor, os preparativos da festa já são a festa!!!

Mas para os preparativos darem certo, todo mundo tem que dar uma mãozinha... mesmo que seja uma mãozinha pequenina de biscuit.

Pegue seu banquinho...

... E saia de mansinho...
He he... eu sei que entrego minha idade e ainda assumo o gosto brega da infância lembrando esse jingle do Raul Gil, mas nas últimas semanas tem tanto banquinho no ateliê (acho que eles estão se reproduzindo...) e já foram tantas histórias, discussões e reflexões sobre os tais banquinhos que eu não resisti à brincadeira.
A primeira vez que vi um banquinho desses feitos de pet foi quando a Maria Claudia, orientadora da Educação Infantil do Colégio Rainha da Paz, levou o banquinho da Helena, professora do 3º ano, sugerindo que fízessemos a atividade com alunos do 2º ano (isso é o resumo bem resumido da história). A Edna, professora do ateliê, logo lembrou de uma revista de artesanato que tinha o passo a passo dos tais banquinhos. (revista de artesanato quando usada para aproveitar ideias e não para copiar modelos, é uma maravilha).
E foi desde então, que a Dona Edna resolveu dedicar sua carreira ao estudo minucioso da técnica de fazer banquinhos com garrafa pet (quando ela ler isso vai querer me matar...). Atualmente ela está no pós doc, quase concorrendo à cadeira de professora titular da faculdade dos banquinhos.
E não mexa com os banquinhos dela (conselho de quem mexeu e quase apanhou...).
Bom, mas vamos deixar de provocar a Edna e passemos às etapas de construção dos tais banquinhos:


Primeiro arranje 7 garrafas pet iguaizinhas e grude-as umas às outras como na foto. Use fita adesiva transparente larga.

Coloque um retângulo de papelão cobrindo toda a lateral do banco e recorte também uma tampa de papelão.

Faça muitas camadas de empapelamento (colagem de pedaços de jornal com cola branca). Passe a cola no pedaço de jornal (sem deixar nenhum pedaço sem cola) e grude na base de garrafa pet.

Comece pelo fundo que é a parte mais difícil. Empapele primeiro em volta do cone superior da garrafa e depois os vãos entre as garrafas.


Capriche muito e depois de muito controle de qualidade...
Passe uma camada de cola em todo o banco. A Edna chama esta fase de "envernizar" com cola branca.


Depois vem a fase de pintar o banco e decorar. As dicas ficam para outro dia.
Vou ver se a Edna tem mais dicas para publicar.
Depois de me arrepender de implicar com o trabalho que os banquinhos dão e de escrever uma postagem só sobre eles, eu acho que mereço ganhar um desses mimos...



quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mão na massa


Começamos nossa produção 2010! Alunos antigos animados, alunos novos curiosos: "O que é Mãozinha Boa?". Muito podia ser dito para tentar responder esta dúvida, mas a melhor resposta acontece na vivência do projeto. A melhor resposta é dada pelas mãozinnhas trabalhando...



Aos poucos vou colocando fotos do que estamos produzindo e mais algumas ideias para fazer em casa.